miércoles, enero 11, 2006

Dicas de Vinhos (I)

VINHOS DA ESPANHA Estimados leitores (Agora sao nove. A minha cunhada e sobrinho visitaram o BLOG hoje), o assunto agora é vinho. Bem, assim como nao sou especialista em ópera, também nao o sou em vinhos. Sempre apreciei beber um bom vinho, mas confesso que nunca me importei em saber qual o melhor ou o mais apropriado para certas ocasioes, como um almoço, um jantar ou uma festa. Sempre comprava pelo preço, ou seja, o mais barato e torcia para os convidados gostarem. Às vezes consultava algum amigo que se dizia entendido do assunto e comprava, meio desconfiado. Quando morava em Brasília, ouvia os ótimos comentários do Renato Machado, na coluna "Momento do Brinde", na rádio CBN, e, também, as ótimas perguntas do âncora Sardemberg. Aqui em Madrid, continuo ouvindo o progrma pela internet, quando tenho tempo. Assim, os comentários que vou fazer a partir de hoje, estao baseados em leituras de sites da Espanha sobre o assunto, da imprensa em geral e opinioes de professores e colegas da Universidade. Espero que gostem. O primeiro assunto é sobre os vinhos feitos en LA RIOJA, uma provincia da Espanha. O Renato Machado, inclusive, já comentou sobre os vinhos produzidos nesta Província e indicou a todos. La Rioja:O rei dos tintos Situada no centro das rotas que comunicam o Mediterrâneo com o Cantábrico, La Rioja é uma região (Provincia) que dá nome aos vinhos tintos de maior prestígio da Espanha. Com efeito, dizer Rioja quer dizer vinho de qualidade. Foi um nobre ilustre chamada Marquês de Riscal que adotou, em meados do século anterior, o método de elaboração Médoc bordelés em busca de uma melhora geral dos vinhos da região. Sao vários os motivos que fazem o sucesso dos vinhos de Rioja: Uma geografia cortada pelo rio Ebro, a presença da excelente variedade de uva nativa Tempranillo e uma larga tradição --o vinho figura em um verso de um dos primeiros documentos escritos em língua castelhana, achado em um monastério riojano-- fazem da região um espaço ideal para a obtenção de grandes vinhos. La Rioja produz vinhos brancos, rosados e tintos, embora são estes últimos os que receberam o reconhecimento dos mercados internacionais e os que encarnaram durante décadas o modelo do tinjo espanhol de qualidade. Vinhos de cor rubi intenso, com aromas de morango negro madura e criação em barrica de carvalho, de paladar suave e saboroso. O clássico rioja de tato aveludado suporta com firmeza a dura competência de outros vinhos que chegaram depois, para romper essa espécie de monopólio do tinjo de reserva que o rioja tinha na Espanha, como os da "Ribeira del Duero2 ou os "Mostos de Cabernet" e outros de pronúncia francesa. De qualquer modo, a ampla oferta das adegas riojanas, com vinhos de gama alta, média e popular, permite a esta denominação qualificada desfrutar de uma folgada vantagem, no que a comercialização se refere, com respeito às outras zonas espanholas. Tudo faz pensar que as adegas de La Rioja levou a sério o trabalho de criar, em cada caso, os segredos de identidade particulares de seus vinhos respectivos, recreando estilos originais e atrativos, que nos servem para prognosticar um futuro rioja muito mais rico em matizes. Os vinhos indicados sao os seguintes: Viña Arana (Reserva 1996) Club de Cosecheros (Reserva de 1999) Rioja Faustino I Rioja M. Murrieta Rioja M. Caceres Dos vinhos acima indicados, experimentei o Rioja Faustino que comprei em um supermercado de Madri e custou 5 Euros e gostei muito. A dica é que todos os vinhos produzidos na regiao de RIOJA sao bons, de acordo com os especialistas. Assim, caros leitores, podem comprar sem medo de fazerem feio em sua festa ou jantar para os seus convidados. Até a próxima dica.

Guernica-A História do quadro de Picasso

Estimados leitores, quando estive na Europa em 1996 nao pude visitar Madrid. O dinheiro nao alcançou a Capital Espanhola. Nove anos depois, aqui estou. Um dos motivos que desejava tanto vir a Madrid, era ver o quadro "Guernica" de Picasso. No entanto, nao conhecia a história do quadro. Sabia apenas que era uma obra importante, de valor universal e que me impressionava muito pelas figuras e imagens fortes. Em outubro do ano passado finalmente meu desejo foi satisfeito e fui ver o quadro. Pensava que estava no Museu do Prado. Depois de passar por dois andares, resolvi perguntar a um funcionário em qual andar se encontrava a obra. Para a minha surpresa me informou que nao estava alí. Que o quadro estava exposto no museu Rainha Sofia, algumas quadras abaixo. Entao fui até o museu indicado e, finalmente, estive diante do quadro e confesso que fiquei ainda mais impressionado com a expressao de sofrimento das figuras, ainda mais realista, vendo ao vivo. Enquanto olhava o quadro, tentava imaginar o sofrimento das pessoas que viviam naquela pequena vila, chamada Guernica. A HISTÓRIA Em 26 de Abril de 1.937 a vila basca da Guernica foi objeto de um cruel bombardeio por parte da aviação alemã, que produziu numerosas vítimas inocentes e abundantes danos materiais. O fato se emoldura no desenvolvimento da Guerra Civil espanhola, começada em 18 de Julho de 1.936, e que enfrentava ao governo da República, democraticamente eleito, com o exército rebelde de Franco, amotinado contra o poder legítimo. Enquanto os soviéticos de Stalin ajudaram à República, Franco obtinha abundante ajuda humana e material da Itália de Mussolini e da Alemanha de Hitler. A aviação de este último tomou a iniciativa de bombardear Guernica por conta própria, sem pedir nenhuma permissão a Franco. Os aviões Junker alemães da Luftwaffe realizaram um bombardeio contra a desprotegida vila. A razão do ataque não podia ser a existência de depósitos de armas, nem quartéis ou tropas, nem objetivos estratégicos nem que a vila fosse um nó de comunicações. Guernica carecia de qualquer importância militar ou estratégica. A vergonhosa razão foi provar em fogo real os novos aviões e seu armamento ante o avecinamiento da Segunda guerra mundial. Para explicar o inexplicável, Franco em uma delirante declaração jogou a culpa do ataque aos republicanos e assim teriam conseguido uma desculpa, bombardeando uma cidade de sua zona, para poder acusar aos nacionalistas de Franco. No entanto a desculpa não foi tomada em consideração por ninguém. Finalizada a Guerra Civil Espanhola com a derrota do governo republicano, Guernica não voltou para a Espanha, já em mãos fascistas, mas sim viajou ao M.O.M.A. (museum of modern art) de Nova Iorque. Por desejo de Picasso, o quadro não poderia voltar para a Espanha até que o país fosse uma democracia. Com a morte de Franco em 1.975, Espanha recupera essa democracia e o quadro vem de Nova Iorque, sendo exposto no Casón do Bom Retiro (dependência do Museu do Prado para as coleções dos séculos XIX e XX). Recentemente mudou-se para o Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofía, também de Madrid, onde atualmente se encontra em exposição. O AUTOR: PABLO PICASSO Pablo Ruiz Picasso nasceu na Málaga em 1.881, muito jovem mudou para Barcelona e, finalmente se estabeleceu em Paris. Passou por várias etapas estilísticas como o período azul, o rosa, o cubista e o surrealismo. Foi um verdadeiro gênio da pintura universal e um grande inovador, permanentemente indagando em novos campos de expressão artística. Morreu em 8 de Abril de 1.973

O FANTASMA DA ÓPERA

O Fantasma da Ópera Estimados leitores (acho que já sao 7). Hoje quero falar sobre Ópera. Nao sou um grande conhecedor do tema, apenas um curioso, Por isso nao vou fazer uma crítica, mas apenas comentar. Antes, havia assistido a apenas uma ópera em minha vida. Foi em Londres, em outubro de 1996, quando me encontrava na Capital Inglesa em um curso de inglês. A ópera que assisti foi "cats" e me impressionou muito. Mas o Fantasma da Ópera me impressionou muito mais. Tudo é muito grandioso e apaixonante. Os atores sao ótimos e o cenário é de deixar qualquer um boquiaberto. O grandioso musical, que já fez sucesso em 21 países, 116 cidades e em nove línguas diferentes, chegou ao Brasil com elenco composto de 17 músicos e 38 atores, cantores e bailarinos. Todos brasileiros. Os diretores fazem parte da equipe do musica de Nova York. Para a produção brasileira foram investidos cerca de US$ 10 milhões, um recorde nacional. A história é a seguinte: a corista Christine Daae consegue um papel importante quando La Carlotta abandona o ensaio da mais recente produção da companhia e é ovacionada na noite de estréia. O desfigurado e atormentado gênio da música que assombra as dependências da Ópera de Paris, se apaixonar pela encantadora corista e decidir transformá-la numa das maiores estrelas da ópera. Os problemas surgem quando ele encontra o namorado de infância de Christine, Raoul, por quem ela está apaixonada. Os números desse musical chegam a impressionar, 52 milhões de espectadores já viram o espetáculo em todo o mundo, são 19 anos desde a estréia no West End, em Londres e 16 anos em cartaz na Broadway, em Nova York. Para a produção brasileira sao utilizadas 160 perucas, 184 vestimentas e 100 toneladas de cenário e figurinos.
O musical foi inspirado no romance de Gaston Leroux e publicado na França em 1911. Ele foi impresso em fascículos nos periódicos da época, causando forte impacto. Para muitos, o aspecto mais importante do livro de Leroux é sua atmosfera situada na Ópera de Paris, construída entre 1861 e 1875. Caros leitores, nao deixem de assistir a este espetáculo. Ficha Técnica: Direção Arthur Masella; direção artística: Rainer Fried; direção musical: Guy Simpson; Coreografia de Denny Berry, elenco principal: Saulo Vasconcelos, Sara Sarres, Kiara Sasso, Nando Prado, Edna de Oliveira, Homero Velho, Jonathas Joba, Paula Cappovila e Carolina Punel.